A fila era extensa para a caminhada!!!

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* As camisetas foram pintadas pelos motivos flora e fauna

Luta por uma questão ambiental

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* no dia 27/03/2010, os alunos da Emef Teofilo B. Ottoni, se reuniram em defesa da implantação do Parque Tizo

A história da EAD no Brasil


A demanda da sociedade atual, com a globalização e com o desenvolvimento tecnológico consiste em mudanças e em quebras de paradigmas que nos levam a questionar e refletir sobre as transformações e a dinâmica do acesso à informação. Podemos refletir sobre este contexto, fazendo uma correlação a um breve histórico da EAD no Brasil que teve seu marco em 1904, através de uma instituição norte-americana que oferecia cursos de idiomas por correspondência. Em 1923 criou-se a Radio Sociedade do Rio de Janeiro de EaD por radiodifusão, sob o comando do empreendedor da Mídia Roquette Pinto. Nascia pela evolução tecnológica, em 1939 o Instituto Rádio Monitor, pela Marinha Brasileira, tornando-se um dos primeiros registros, no Brasil, de EaD por documentos impressos.

A partir de 1941, o Instituto Universal Brasileiro desempenha durante anos a promoção de EaD no Brasil utilizando-se dos serviços de correspondência da antiga Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), atual Correios. Entre 1970 e 1980, instituições privadas e organizações não governamentais, através de via satélite, dão o oferecimento de aulas complementadas por kits de materiais impressos. o Brasil inaugura uma nova modalidade de EaD: o da Teledifusão. Iniciativas como o Projeto Minerva, a TV Educativa e a Fundação Padre Anchieta são exemplos deste processo. A partir daí houve uma grande participação da Rede Globo através dos seus projetos de Telecurso. Estes projetos tiveram apoio e incentivo do governo federal que intentava promover uma diminuição do índice de analfabetismo no Brasil.

Tratando-se de as universidades brasileiras, a dedicação à pesquisa e à oferta de cursos superiores a distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo se dá a partir de 1994, com a expansão da Internet nas Universidades de Ensino Superior (IES). A publicação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB), em dezembro de 1996, oficializou e validou a EAD como modalidade para todos os níveis de ensino. A partir de 1997, universidades e centros de pesquisa passaram a gerar ambientes virtuais de aprendizagem, com a oferta de cursos de pós-graduação via internet, entre 1996 e 1997, sendo o marco da universidade virtual no Brasil.

Há grande crescimento na Educação a Distância (EAD): número de alunos, de instituições autorizadas, de cursos oferecidos, de empresas que investem na modalidade e, a cada expansão, é maior a certeza de que o futuro é ainda mais promissor à modalidade de ensino que teve mais de 1,2 milhão de estudantes em 2005. O Instituto Monitor desenvolveu a maior pesquisa já realizada sobre o setor. Com o apoio do MEC (Ministério da Educação) e parceria com a ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), o Instituto Monitor desenvolveu e publicou o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (ABRAEAD).

Segundo dados da Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED, o número de instituições que ofertam cursos superiores na modalidade de EAD cresceu 36% no período de 2004 a 2006. Passando de 166 para 225. O número de alunos cresceu 150%, passando de 309.957 para 778.458 no mesmo período. A partir daí o crescimento da EaD, através de o suporte midiático digital dado pela internet, passou a ser crescente, tendo não só o governo federal como principal interessado, mas também as IES que vêem a possibilidade da expansão através da internet.

O ensino a distância é o tipo de método de instrução em que os procedimentos docentes acontecem à parte dos discentes, de tal modo que a comunicação entre o professor e o aluno possa se realizar através de textos impressos, meios eletrônicos, mecânico, ou outras técnicas (MOORE, 1972).

Diante deste cenário vejo na modalidade EAD novos rumos para a implementação de cursos a distância e de flexibilização dos presenciais e, com isto a facilidade de o acesso a cursos on line, de graduação e de pós, assim como os de especialização. A LDB a reconhece e a regulamenta e os avanços tecnológicos formam uma corrente de inovação, propiciando a construção de ambientes virtuais de aprendizagem, que acompanham o ritmo da evolução que transpõem barreiras de tempo e de distância entre as pessoas e os lugares, sem fronteiras internacionais, adaptando-se às nossas necessidades.

Pois na EAD tenho a possibilidades ser atendida em minhas necessidades de formação, que muitas vezes, com jornada integral, não tenho a chance de realizar o curso presencial. O que tenho clareza e concordância com o professor Moran “é de que a educação através de novas mídias conectadas é uma realidade cada vez mais presente e que evolui de forma irreversível. Nada será como antes em qualquer nível de ensino.”

Na minha formação, a EAD contribui bastante, havendo necessidade de se ter o domínio dos processos de comunicação e da tecnologia nesta relação e consciência de que a educação não é tão simples de mudar, porque há relação com o passado que é necessário mantermos para entender o processo em que se dá, além de também estarmos atentos a um futuro que é bastante imprevisível e que sofre grandes transformações.

Referência
• http://ccvap.incubadora.fapesp.br/portal/coletivo/1-historico-da-ead/
• Anuário 2007 ABED, disponível em: • MOORE, 1972
• http://www.eca.usp.br
• http://www.icoletiva.com.br/icoletiva/secao.asp?tipo=entrevistas&id=11
• www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 14ª edição, Campinas: Papirus, 2007.